Que o mercado musical está mudando muito rápido e os meios tradicionais de comercialização estão sendo questionados, isso todo mundo já sabe. Mas faltam ainda opções consistentes para produtores adeptos ao “faça você mesmo”.
Hoje, com os inúmeros recursos tecnológicos que barateiam e simplificam o processo de criação, é possível gravar, compor, mixar e finalizar um projeto musical com qualidade em um home studio. Mas falta um “detalhe”: Quem vai ouvir suas músicas?
Se você está começando agora e quer lançar suas faixas, dificilmente conseguirá entrar de primeira em um selo que venda para as maiores lojas. O mercado de música eletrônica é movido por um público específico, em sites de venda específicos e uma loja que vende muito mais que as outras e que é constantemente acusada de monopólio. Além disso, o processo envolve diversas partes e o dinheiro que sobra para o artista é uma pequena fatia do lucro real gerado pelas músicas.
Acontece assim: Artista -> Selo -> Editora (que registra as músicas e pode ser da própria distribuidora) -> Distribuidora -> Loja Virtual -> Consumidor
Basta fazer o caminho inverso para entender o que acontece com o dinheiro e que muito dificilmente você se sustentará vendendo músicas.
A boa notícia é que estão surgindo “atalhos” para que seu trabalho chegue mais rápido ao destino final. O site Soundcloud, conhecido por músicos por apresentar uma forma rápida e interativa de divulgar seu trabalho, fechou uma parceria com o TuneCore, distribuidora de conteúdo audiovisual.
Você cria uma conta gratuita, paga uma taxa por música ($9.99 dólares) ou álbum ($49.99 dólares) e recebe 100% do valor arrecadado. Os valores em dólares desanimam um pouco, mas é bom lembrar que os lucros também virão na mesma moeda. Lojas grandes como Itunes, Amazon e Nokia (para celulares) participam da parceria. Infelizmente não são as lojas do tal mercado específico, aquelas onde os DJs procuram suas músicas, mas é um primeiro passo. O Soundcloud também não descarta que no futuro será possível comprar as músicas diretamente do site, o que encurtaria ainda mais o processo.
Aí voltamos ao “faça você mesmo”: De nada adianta estar nas melhores lojas se o som não for divulgado. Por isso, como hoje é possível atingir de forma gratuita milhões de potenciais consumidores, vale a pena fazer um esforço e divulgar seu material de todas as maneiras, em redes sociais, fóruns, sites de música e criando uma página própria.
Se o serviço funciona ou não para você, só irá descobrir testando. Boa sorte!
