Logo após o Skol Sensation 2012, zapeando pelos principais portais da internet, só o que se via eram fotos e notícias sobre celebridades, ex-BBBs, muita gente bonita vestindo branco…

Então, sobre isso, não temos nada a acrescentar. Mas e a música? Ah é, verdade, era um evento de música eletrônica! E no line-up, o residente Mr. White, Dennis Ferrer, Armand Van Helden, Fedde Le Grand, Joris Voorn & 2000 and One e Wehbba, único brasileiro a subir na cabine.

Para nós o maior destaque foi a escalação de nomes como Joris Voorn e Wehbba, o que fez com que muita gente pudesse conhecer algo diferente do House comercial que predomina nas festas, rádios e maioria dos locais que se diz “DJ Top” e “música eletrônica” atualmente. Nada contra o som comercial, e ainda bem que teve para não chocar ainda mais, logo, o objetivo do post é exatamente o contrário: Esses dois nomes citados para um evento desse porte no Brasil é algo como “inovação” (embora não seja!). A festa apostou em bons nomes para alguns e totalmente desconhecidos para outros. O que é muito bom!

Pirâmide onde ficava a cabine dos DJs

Podemos dizer também que foi uma noite difícil para todos os DJs, já que a pista só explodiu mesmo com hits e clássicos, como New Order – Blue Monday, tocada pelo Dennis Ferrer (próximo da meia noite), Duck Sauce, projeto da dupla Alain Macklovitch e Armand Van Helden , esse último que esteve no line-up (tentou, mas dos seus hits tocados como The Funk Phenomena (1997) e You Don’t Know Me (1999), só o início de seu set com Dutch House e a Barbra Streisand aconteceu alguma coisa…), duas homenagens à Donna Summer, além dos sucessos do Fedde Le Grand e versões de hits para ajudar algumas pessoas entenderem o que estava acontecendo. Inclusive, um dos momentos de maior “Put Your Hands Up In The Air”, frase mais falada pelo MC do evento veio com sample do Queen-  We Will Rock You, fazendo a platéia cantar junto.

Se tocar no meio estava complicado (porém muito mais fácil), imagina fechar o evento, tarefa que ficou a cargo de Rodolfo Wehbba. E ele se saiu muito bem, tendo seu set muito elogiado por quem estava lá. Não era tarefa fácil ser contratado, logo, se conseguiu e ainda inseriu novas possibilidades (como no título, sensações), ótimo. Ponto para o Brasil, que tem excelentes profissionais e de verdade, não precisaria de nenhum gringo para dar a pinta. Tem o lado do costume, se não tem gringo, não vou, mas analisando friamente, não é o primeiro evento que Brasileiro(s) ganha(m) a cena.

Pra quem não conhece, Wehbba consolidou seu nome em meio aos maiores nomes do techno mundial, mas há algum tempo vem diversificando suas produções com forte influência de House e Tech House. É um artista completo, que não se baseia em fórmulas prontas, cria e recria. Isso não tem muito significado para eventos do formato do Sensation (aqui no Brasil), então mais um motivo de vangloria-lo pelo espaço conquistado em meio a tantos nomes “marketing” do mercado. Tirando o fato, que ele é sem dúvida nenhuma nosso maior representante a nível mundial no que tange a produção musical, tendo participado de grandes selos de música eletrônica.

Conheça o SoundCloud do Wehbba ou via Beatport através desse link.

Saldo positivo 

Tirando um ou outro incidente que sempre acontece em festas desse porte (foram cerca de 40 mil pessoas no Anhembi), só temos a elogiar o show pirotécnico com canhões de laser, telões, fogos de artifício e o contraste das luvas coloridas e roupas brancas. Na foto abaixo, um dos poucos momentos que se via algum espaço entre as pessoas…

O evento é caro, para poucos, mas muito bem executado e dentro daquilo que se propõe. O público saiu feliz e satisfeito, é isso o que importa. E orgulhosos estamos de ver nosso hermano Wehbba subindo mais um degrau, registrando essa singela homenagem em nosso blog. Parabéns Brasil.