DJ e produtora musical do Rio de Janeiro, foi uma das promessas femininas das pistas que mais se movimentou nesta quarentena, ela bateu um papo via IGTV com mais de 20 artistas Brasileiros nessa quarentena e tocou mais de 30 horas de música em suas lives ‘caseiras’, além de ter sido uma das finalistas do DJ Contest da consagrada “Love Sessions Party”.

1) Como você define o mercado de música eletrônica feminino no Brasil?
Eu acredito que as mulheres têm conquistado cada vez mais seu espaço no cenário da música eletrônica no Brasil! Temos atualmente artistas que fazem sucesso mundialmente, trazendo muito orgulho e servindo de exemplo para outras DJs brasileiras!

As mulheres estão batalhando pelo seu espaço e podemos ver que temos grandes nomes não só nos palcos mas também como bookers, produtoras de eventos, managers e muito mais. Acredito que essa evolução diária é uma conquista pois como toda profissão majoritariamente masculina tende a ter extrema resistência, fazendo com que as mulheres precisem provar seu potencial e quebrar muitos paradigmas.

2) Qual foi o primeiro DJ que te fez parar e ouvi-lo quando você descobriu a dance music?
Não lembro ao certo o primeiro DJ que eu escutei nesse gênero musical, mas sei que, artisticamente falando, o David Guetta sempre me chamou muita atenção. Até hoje eu gosto muito de suas produções, o jeito que ele interage com o público e as estratégias de carreira dele.

Penso que ele foi um DJ que ajudou muito a cena quando criou collabs com artistas do meio pop e fez com que a dance music fosse mais aceita e querida pelo público geral. Tiesto, Armin Van Buuren, Avicii também são nomes que me influenciaram bastante.

 

3) Quais são os pontos positivos para a música neste momento de quarentena, há reflexões e nova inspirações que elevem o intelectual da produção musical?
A música tem um potencial muito grande na vida das pessoas. Ela é capaz de fazer nosso dia ser mais alegre e descontraído. A música inspira, une pessoas e em alguns casos até cura!

Eu acredito que, nesse ano tão complicado que foi e tá sendo 2020, com todo isolamento social que tivemos que fazer, as pessoas passaram a ouvir muito mais música! E que bom que ela existe, né? Com certeza isso salvou a sanidade de milhares de pessoas nesse período, inclusive a minha! Risos

4) Um evento inesquecível com DJs e porque?
O evento de premiação DJ Sound Awards em 2016 que participei e pude dividir palco com grandes nomes da cena eletrônica nacional para milhares de pessoas no Rio de Janeiro.

5) Qual seu maior sonho como DJ?
Meu sonho é ter meu trabalho reconhecido mundialmente, minhas músicas serem tocadas por artistas que admiro e poder me apresentar em grandes festivais.  Mas além disso, eu tenho vontade de fazer a diferença, poder ajudar mais pessoas e quebrar paradigmas dentro do cenário eletrônico.



 

 

6) Porque você iniciou este projeto no seu Instagram, de entrevistas?
Quando entramos em quarentena eu decidi fazer lives para me sentir mais perto do meu público e também era uma forma de continuar fazendo o que eu amo. Comecei fazendo apenas lives tocando, que ficaram carinhosamente conhecidas como “Laayves”, mas muita gente me mandava perguntas durante o set e eu não conseguia responder. Então, comecei a fazer lives para conversar e tirar dúvidas sobre a profissão, mas depois pensei: “Por que não trazer outros artistas para falarem de suas experiências também?” e assim estou desde abril fazendo o Insta Talk!

É um projeto muito querido pelo público e realmente muito especial para mim! Já passaram artistas como Pimpo Gama, Shapeless, Mojjo, Discover, Flakke, Lothief, Audax entre outros.

7) Como surgiu o nome LAAY?
Quando eu comecei a tocar profissionalmente, há 8 anos, eu usava meu nome: Laynne Valença, mas não é um nome muito fácil de gravar e falar, então depois de alguns anos eu decidi ter um nome artístico simples e pequeno, então optei por usar meu apelido Lay. Recentemente, para facilitar nas pesquisas, eu decidi acrescentar mais um A, ficando então LAAY.

 

8) O que você usa para produzir suas músicas e quem foi seu mentor na produção?
No início dos meus estudos na produção musical eu usava o FL Studio, mas logo em seguida migrei para o Ableton Live e é ele que uso até hoje para produzir as minhas músicas.

Eu comprei muitos cursos de produção e tive muitos conselhos legais de amigos produtores desde o início, mas tive muito suporte principalmente de um grande amigo, Thor Carvalho, que hoje trabalha como meu engenheiro de mixagem dentro do projeto.

9) Um recado para os amantes da música eletrônica.
Continuem apoiando os artistas nacionais, temos muitos talentos incríveis no nosso Brasil! Quanto mais apoiarmos a cena nacional, mais a música eletrônica no Brasil vai evoluir e ganhar notoriedade pelo mundo!

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