A Behringer é uma das marcas de equipamentos mais conhecidas e consumidas em todo mundo. Pelo baixo preço e segmentação de seus produtos, conquistou muitos consumidores, sobretudo DJs e produtores iniciantes.

Em compensação, tem má fama e chega a ser odiada por boa parte dos profissionais, às vezes por causa de componentes de qualidade inferior em comparação aos usados por outras marcas. Mas alguma coisa está mudando na Behringer. A ponto da empresa ser apontada como a principal marca do futuro para equipamentos de áudio. Os motivos para isso?

Paul Wright

No início do ano a MUSIC Group, grupo que controla diversas marcas e divisões, entre eles a Behringer, anunciou a contratação de Paul Wright para a vice-presidência global de vendas, um dos cargos principais da empresa. E o mesmo cargo que Paul ocupava na Numark, empresa que traz alguns dos principais lançamentos e inovações todos os anos ao mercado.

Paul está por dentro dos próximos equipamentos, tecnologias e estratégias de venda da Numark. E isso tem tudo a ver com a idéia de se antecipar às necessidades do mercado, para não ter que copiá-lo, apostando somente no custo benefício (como a Behringer fazia). Esse é o conceito vigente da marca, que começou a demonstrar essa tendência nos últimos lançamentos.

Últimos produtos

Nos últimos anos a Behringer até tem agradado os mais exigentes, mas nada que deva se comparar aos lançamentos programados para 2012. Entre produtos para DJs (CMD Series), mesas digitais integradas à aplicativos e ao iPad e até suporte similar ao Alesis  iO Dock, o Behringer iStudio, a empresa se mostrou ligada às necessidades de mercado. A CMD Series, por exemplo, é formada de diversos controladores MIDI modulares (que podem ser ligados em série), o que permite aos DJs fazer um setup específico para as suas necessidades.

Enquanto os gigantes do ramo apostam em controladores grandes, caros e “engessados, a Behringer abriu uma alternativa no mercado. A qualidade? Ainda não pudemos testar os produtos, mas segunda avaliações de sites e revistas especializadas que conheceram a nova linha durante a feira NAMM 2012, os equipamentos têm bons componentes e bom acabamento, além de um design discreto e moderno, que deve ser tendência daqui pra frente. Vale lembrar que a Behringer recebeu um prêmio na NAMM 2012 de “Company to Watch” (algo como “empresa a ser observada”).

Gigante

Behringer City - China

A Behringer pretende dominar o mercado de DJ e produção musical. E em quantidade eles não estão muito distantes disso. A série de mixers DJX (700/750/900), por exemplo, já vendeu cerca de 500 mil unidades em todo mundo e grande parte dos seus produtos estão entre os mais vendidos de suas categorias. Em um mercado específico como o de DJs, é um número impressionante.

Ao invés de contratar terceirizadas, a empresa concentra o desenvolvimento tecnológico na Behringer City, um complexo responsável pelo design e manufatura dos equipamentos e de boa parte dos componentes utilizados. Como uma das companhias mais competitivas do mundo, a empresa tem recursos mais do que suficientes para investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, sendo capaz ainda de manter o preço baixo para o consumidor. Portanto, olho na Behringer!

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